G1: resenha do deftones no rock in rio 2015

24 setembro 2015

Em pouco menos de uma hora, o Deftones deu conta com facilidade de fazer um bom encerramento no Palco Sunset do Rock in Rio na noite desta quinta-feira (24). Sem muito falatório ou enrolação, a banda deixou o espaço cheio - mas não lotado, como o Korn na sexta-feira (19).

A banda retornou ao festival 14 anos depois do show no Palco Mundo que a revelou para boa parte do público brasileiro. O vocalista Chino Moreno chegou mais cheinho, mas com a mesma energia de antes. Subiu e dançou nas caixas de som e abraçou bandeira do Brasil. A voz, que varia entre o melódico e arrastado ao rock rasgado, ainda está em cima.

O guitarrista Stephen Carpenter apareceu com uma guitarra de curiosa estampa da Louis Vuitton. Os cabelos ao ventilador completavam a imagem que parecia mais de um figurante de show pop - não era o caso, claro. A banda realiza bem as variações particulares de dinâmica, que vão além do rap-rock-rap do nu-metal. Eles começaram associados ao gênero, mas conseguiram se descolar.
Dá para notar uma esfriada no público quando eles tocam músicas do disco mais recente, "Koi No Yokan (2012)", como "Tempest". Mas não é caso de show desanimado. A banda manteve o fôlego mesmo depois de uma tragédia. O baixista Chi Cheng, figura marcante no show do Rock in Rio 2001, sofreu um acidente em 2008 e morreu em 2013.
No meio do show, Chino Moreno revela uma camiseta do Morrissey. É um anúncio do que está por vir: ele já disse em entrevistas que o próximo disco da banda, que pode sair ainda em 2015, terá influências do ex-Smiths.


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